Friday, March 11, 2011

Gaddafi: le crepusculo de un carriera tumultuose


(Languages of this post: Interlingua, Portuguese, English)


Con un reputation de eccentricitate e un orientation nationaliste, Gaddafi terminava le periodo de isolation international de Libya.

Menaciate per le protestos que se propaga trans Libya, le colonello Muammar Gaddafi, 68, es le leader qui ha habite le periodo le plus longe in le poter politic tanto in Africa como in le mundo arabe.

Ille se trova in le commando de Libya desde que ille deponeva le rege Idris I in 1969, in un colpo de stato sin le effusion de sanguine quando ille habeva 27 annos.

Cognoscite pro su stilo extravagante de adorner se e pro su guardacorpores feminin, le leader de Libya anque es considerate un politico habile, qui poteva portar su pais ex un periodo de isolation diplomatic.

In 2003, post passar duo decadas de esser vidite como pais paria, Tripoli assumeva le responsibilitate pro le tentativa contra un volo de Pan Am sur le citate scotese de Lockerbie, in 1988, comenciante un processo pro le suspension del sanctiones del Nationes Unite contra Libya.

Plure menses postea, le regime de Gaddafi abandonava su effortios pro disveloppar armas de destruction in massa, le qual anque facilitava su approximation con le Occidente.

A causa del duo mensuras, Gaddafi emergeva del isolamento e gradualmente esseva acceptate per le communitate international, ben que con reservationes.

“Ille es unic in su discurso, in su comportamento, in su practicas, e in su strategia”, diceva le analysta politic de Libya Saad Djebbar. “Ma ille es un politico astute e un supervivente politic.”

In le annos 70 Gaddafi ha disveloppate un philosophia politic nationaliste pro su pais.

Gaddafi nasceva in le deserto de Libya, presso Sirte, in 1942. In su juventute ille admirava le leader egyptian e nationaliste arabe Gamal Abdel Nasser.

Su prime planos pro superar le monarchia de Libya comenciava durante su studios militar, e ille recipeva instruction militar in Grande Britannia ante retornar al citate de Benghazi in Libia pro initiar illac le colpo que le transportarea al poter le 1 de septembro de 1969.

In su Libro Verde, publicate in le annos 1970, Gaddafi exponeva su philosophia politic, presentante un alternativa national al socialismo e al capitalismo, combinate con aspectos del islam.

In 1977, ille creava le concepto de “Jamahiriya” o “stato del massas”, in le qual le poter es exercitate per milles de “consilios popular”.

A Gaddafi place appreciar traditiones local in publico. Quando ille visita altere paises, ille establi un campamento con un luxuriose tenta Bedouin, typic del populo de su region.

Durante iste viages, Gaddafi es protegite per guardacorpores feminin, qui, ille dice, es minus distrahente que homines.

Le ex-presidente american Ronald Reagan diceva que le leader Libyan esseva un “can folle” e, in 1986, autorisava un attacco aeree a Tripoli e a Benghazi como un responsa a un attaco per un bomba contra un discotheca in le Berlin Occidental, que occideva duo militares american e un mulier turc que, secundo le Statos Unite, esseva realisate per agentes de Libya.

Le bombardamentos american occideva 45 soldatos e functionarios public e 15 civiles. Inter istes se trovava un filia adoptive de Gaddafi.

In le annos 1990, rejectate in su effortios pro unir le Mundo Arabe, Gaddafi se girava a Africa, proponente le creation de un federation in le continente secundo le modello del Statos Unite.

Pro promover le idea, ille comenciava a adornar se con vestimentos que habeva emblemas del continente o picturas de leaders african.

Ma al fin del decada, con Libya in difficultates a causa del sanctiones imponite per le Statos Unite, Gaddafi esseva fortiate a assumer le responsibilitate pro le attacco del avion sur Lockerbie e altere attaccos, pro lentamente reestablir un dialogo con le Statos Unite.

In su pais, Gadhafi se presenta como le guida spiritual del nation, surveliante lo que ille dice es un version local de democratia directe.

In le practica, secundo su criticos, Gaddafi mantene controlo absolute e autoritari de Libya. Dissidentes e criticos esseva durmente reprimite, e le media del pais sempre esseva rigorosemente controlate per le governamento.

Libya ha un lege que prohibe activitates in gruppo basate in ideologias politic que es opponite al revolution de Gaddafi.

Secundo le organisation international Human Rights Watch, le regime deteneva centenares de personas pro violar le lege e sententiate alicunes a morte. Il anque ha reportos de tortura e disparitiones.

In iste momento il pare obvie que Gaddafi sta a perder su controlo del poter, ma il es impossibile previder su destino final. Forsan, como Hitler, ille va a suicidar se. Forsan ille essera executate pro su proprie populo. Forsan un altere pais, como le Arabia Saudite, va a conceder a ille asylo. Un cosa es certe tamen: post le rebellion in curso in Libya, le pais nunquam essera lo que illo antea esseva.

---

Khadafi: O crepúsculo de uma carreira tumultuada

Com fama de excêntrico e de orientação nacionalista, Khadafi acabou o período do isolamento internacional de Líbya.

Ameaçado pelos protestos que se espalham pela Líbia, o coronel Muamar Khadafi, de 68 anos, tem mais tempo no poder politico do que qualquer outro líder político tanto na África quanto no mundo árabe.

Ele está no comando da Líbia desde que depôs o rei Idris 1º, em 1969, em um golpe de estado sem derramamento de sangue, quando tinha 27 anos.

Conhecido por seu estilo extravagante de se vestir e pelas guarda-costas do sexo feminino, o líder líbio também é tido como um político habilidoso, que conseguiu tirar seu país de um período de isolamento diplomático.

Em 2003, depois de passar duas décadas sendo visto como país pária, Trípoli assumiu responsabilidade pelo atentado contra um voo da Pan Am sobre a cidade escocesa de Lockerbie, em 1988, abrindo caminho para que as Nações Unidas suspendessem suas sanções contra a Líbia.

Meses depois, o regime de Khadafi abandonou os esforços para desenvolver armas de destruição em massa, o que também facilitou a aproximação com o Ocidente.

Por causa das duas medidas, Khadafi deixou o isolamento e passou a ser aceito pela comunidade internacional, ainda que com ressalvas.

“Ele é único em seu discurso, em seu comportamento, em suas práticas e em sua estratégia”, disse o analista de política líbia Saad Djebbar. “Mas é um politico astuto, e um sobrevivente político.”

Nos anos 70, Khadafi desenvolveu uma filosofia política nacionalista para seu país.

Khadafi nasceu no deserto líbio, perto de Sirte em 1942. Em sua juventude, ele admirava o líder egípcio e nacionalista árabe Gamal Abdel Nasser.

Seus primeiros planos para derrubar a monarquia líbia começaram durante seus estudos militares, e ele recebeu treinamento militar na Grã-Bretanha antes de retornar à cidade líbia de Benghazi e iniciar ali o golpe que o levaria ao poder, em 1º de setembro de 1969.

Em seu Livro Verde, lançado nos anos 1970, Khadafi expôs sua filosofia política, apresentando uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo, combinada com aspectos do islamismo.

Em 1977, ele criou o conceito de “Jamahiriya” ou “estado das massas”, em que o poder é exercido através de milhares de “comitês populares”.

Khadafi gosta de prezar tradições locais em público. Quando visita outros países, acampa em uma luxuosa tenda beduína, típica dos povos de sua região.

Durante estas viagens, Khadafi é protegido por guarda-costas mulheres, que diz serem menos dispersivas do que os homens.

O ex-presidente americano Ronald Reagan chamou o líder líbio de “cachorro louco” e, em 1986, autorizou um ataque aéreo a Trípoli e a Benghazi em resposta a um ataque a bomba contra uma discoteca em Berlim Ocidental, que matou dois militares americanos e uma mulher turca e que, segundo os Estados Unidos, teria sido realizado por agentes líbios.

Os bombardeios americanos mataram 45 soldados e funcionários públicos e 15 civis. Entre estes estava uma filha adotiva de Khadafi.

Nos anos 1990, rejeitado em seus esforços para unir o Mundo Árabe, Khadafi se voltou para a África, propondo a criação de uma federação no continente, nos moldes dos Estados Unidos.

Para promover a ideia, ele passou a se vestir usando roupas que carregavam emblemas do continente ou retratos de líderes africanos.

Mas no fim da década, com a Líbia em dificuldades por causa das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, Khadafi se viu forçado a assumir a autoria do atentado de Lockerbie e de outros atentados, para lentamente restabelecer um diálogo com os Estados Unidos.

Em seu país, Khadafi se apresenta como o guia espiritual da nação, supervisionando o que diz ser uma versão local de democracia direta.

Na prática, segundo seus críticos, Khadafi mantém controle absoluto e autoritário da Líbia. Dissidências ou críticas foram duramente reprimidas e a mídia do país sempre foi rigorosamente controlada pelo governo.

A Líbia tem uma lei que proíbe atividades em grupo baseadas em ideologias políticas que sejam opostas à revolução de Khadafi.

Segundo a organização internacional Human Rights Watch, o regime prendeu centenas de pessoas por violarem a lei e sentenciou algumas à morte. Também há relatos de tortura e desaparecimentos.

Agora, parece óbvio que Kadafi está perdendo o controle do poder, mas é impossível prever o seu destino final. Talvez, como Hitler, ele vai, finalmente, se suicidar. Talvez ele será executado por seu próprio povo. Talvez um outro país, como a Arábia Saudita, vai conceder-lhe asilo. Uma coisa é certa, porém: depois da rebelião em curso na Líbia, o país nunca mais será o que costumava ser.

---

Gaddafi: The twilight of a tumultuous career

With a reputation for eccentricity and a nationalist orientation Gaddafi ended Libya’s period of international isolation.

Threatened by the protests spreading across Libya, Colonel Muammar Gaddafi, 68, is the leader who has had the most time in political power in both Africa and the Arab world.

He has been in charge of Libya since he ousted King Idris 1, 1969, in a bloodless coup when he was twenty-seven years old.

Known for his flamboyant style of dress and for female bodyguards, the Libyan leader is also regarded as an able politician, who managed to lift his country out a period of diplomatic isolation.

In 2003, after spending two decades being seen as a pariah country, Tripoli assumed responsibility for the bombing of a Pan Am flight over the Scottish town of Lockerbie in 1988, paving the way for the United Nations to suspend its sanctions against Libya.

Months later, Gaddafi’s regime abandoned efforts to develop weapons of mass destruction, which also facilitated the rapprochement with the West.

Because of both measures, Gaddafi came out of isolation and began to be accepted by the international community, though with caveats.

“He is unique in his speech, in his behavior, in his practices and in his strategy,” said the Libyan political analyst Saad Djebbar. “But he is a shrewd politician and a political survivor.”

In the 70s, Gaddafi developed a nationalist political philosophy for his country.

Gaddafi was born in the Libyan desert near Sirte in 1942. In his youth, he admired the Egyptian leader and Arab nationalist Gamal Abdel Nasser.

His early plans to overthrow the Libyan monarchy began during his military studies, and he received military training in Britain before returning to the Libyan city of Benghazi and starting the coup that would lead him to power in September 1, 1969.

In his Green Book, released in 1970, Gaddafi outlined his political philosophy, presenting a national alternative to socialism and capitalism, combined with aspects of Islam.

In 1977, he created the concept of “Jamahiriya” or “state of the masses,” in which power is exercised through thousands of “popular committees.”

Gaddafi likes to express appreciation of local traditions in public. When visiting other countries, he sets up camp in a luxururious Bedouin tent, typical of the people of his area.

During these trips, Gaddafi is protected by women bodyguards, who he says are less distracting than men.

The former U.S. president Ronald Reagan called the Libyan leader a “mad dog” and in 1986, authorized an air raid on Tripoli and Benghazi in response to a bombing of a discotheque in West Berlin that killed two American soldiers and a Turkish woman and which, according to the United States, was carried out by Libyan agents.

The American raid killed forty-five soldiers and government officials and fifteen civilians. Among these was an adopted daughter of Gaddafi.

In the 1990s, rejected in his efforts to unite the Arab world, Gaddafi turned towards Africa, proposing the creation of a federation on the continent, along the lines of the United States.

To promote the idea, he began to wear outfits that carried emblems of the continent or portraits of African leaders.

But at the end of the decade, with Libya in difficulty because of economic sanctions imposed by the United States, Gaddafi was forced to assume responsibility for the Lockerbie bombing and other attacks in order to slowly re-establish a dialogue with the United States.

In his country, Gadhafi presented himself as the spiritual guide of the nation, overseeing what he says is a local version of direct democracy.

In practice, according to his critics, Gaddafi maintains absolute control and authority over Libya. Dissent and criticism have been severely repressed, and the country’s media have always been strictly controlled by the government.

Libya has a law banning group activities based on political ideologies that are opposed to the Gaddafi’s revolution.

According to the international organization Human Rights Watch, the regime arrested hundreds of people for violating the law and sentenced some to death. There are also reports of torture and disappearances.

Right now, it seems obvious that Gaddafi is losing his grip on power, but it is impossible to predict his ultimate fate. Perhaps, like Hitler, he will finally commit suicide. Perhaps he will be executed by his own people. Perhaps another country, like Saudi Arabia, will grant him asylum. One thing is certain, however: after the current rebellion in Libya, the country will never be what it used to be.

No comments: